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BABYGIRL

  • Foto do escritor: Rita Escórcio
    Rita Escórcio
  • 14 de mai.
  • 3 min de leitura

BABYGIRL, o filme


 

Para não me enfadar mais, pois tinha que permanecer até tarde acordada, resolvi ver um filme. O escolhido da noite foiBabygirl(2024). As informações iniciais davam a entender que poderia ser interessante: Babygirl, uma empresária bem-sucedida coloca sua família e carreira em risco em nome de um caso com seu estagiário bem mais jovem. No thriller erótico de Halina Reijn, Romy (Nicole Kidman) é uma executiva que conquistou seu posto como CEO com muita dedicação. O mesmo se aplica a sua família e o casamento com Jacob (Antonio Banderas).Farei um breve resumo do que assisti. Nunca vi tanta gemedeira para tão pouca emoção. Estranho talvez porque não costumo ver filmes classificados como eróticos e/ou pornôs. Acho desnecessário. Sem etarismo, surpreendeu-me ver Kidman aparentar ser bem mais velha que uma mulher de sua  idade. O tempo é inclemente, passa. Passa para todos. Em Babygirl, ela é uma mulher bem sucedida no ramo empresarial tecnológico, mas vivendo, em família, a rotina de um morno casamento. O casal tem duas filhas pré-adolescentes e uma delas vive um romance, pouco explorado, com uma também vizinha. Em determinado momento, a esposa sugere inovar durante a relação sexual, mas a recusa do marido (Antônio Banderas) faz com que os dois apenas cumpram passivamente o papel “respeitoso” de cada um na cama. Em uma das cenas iniciais, ao se dirigir ao trabalho, Romy está no meio da rua, e um cachorro desses bem grandes ameaça atacá-la e ela é salva por um jovem bem atraente. É o mote que norteia todo o filme. Esse jovem deixa a todos atônitos ao domar a fera que atacaria a indefesa executiva, visto que todos, na rua, ficaram paralisados de medo e sem reação. É justamente esse jovem que se apresentará como estagiário na empresa onde Romy é CEO. A partir daí, o roteiro explora dos personagens olhares desejosos, insinuações e muita, muita pegação. Dizendo assim, parece normal; mas não é. O estagiário seduz e é seduzido. O tratamento que ele dá a sua nova conquista é semelhante à cena com o cachorro já retratada aqui. Samuel (Harris Dickinson), faz com a amante o que se faz a um animal irracional: põe-na de quatro, faz com que ela beba leite em um pires no chão, não permite que ela avance sobre ele; enfim deixa-a, literalmente, sobre seu comando até mesmo ao utilizar palavra de segurança acordada entre os dois. O restante do filme dá para imaginar como vai se desenrolar. Carente, ela enlouquece por ele. Samuel não se faz de rogado; quer sempre mais e chega a se infiltrar na família dela. Uma outra moça da empresa chantageia a empresária por promoção sempre adiada e também para desestabilizar o romance. Na sequência, para desespero do marido, a esposa revela que não tem mais interesse em manter o casamento. Para justificar essa atitude, a esposa revela nunca ter atingido o orgasmo no relacionamento com ele. Sem segunda chance, ela abandona o lar. Depois de um tempo sem se fixar na relação com o jovem estagiário, Romy é reconduzida ao lar por uma das filhas. O casamento é restabelecido. O que ela praticava com o jovem amante passa a ser também prática do marido que resolvera atender àquele pedido sugerido, mas recusado no início do filme. Em relação ao jovem Samuel, ele continua a lidar/domar cachorro em seu apartamento até aparecer outra mulher que ele possa subjugar como fora feito com a bem-sucedida Romy. Sinceramente, nada condeno em uma relação, se os pares, previamente, estiverem acordados regras entre si. O nojento do filme foi a abjeta comparação feita à condição feminina de ser comparada a um animal que precise ser domado por alguém através de uma relação sexual e a vida gire exclusivamente em torno disso. Sexo é bom. Sexo é vital. Portanto, caro(a) leitor(a), não se reprima. Apenas uma advertência :

A falta de controle e o excesso, em qualquer instância da vida, pode destruir sua estabilidade emocional e também a de quem você deve ter a responsabilidade de preservar. Preservemo-nos.

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