
SABER OU NÃO SABER?
Caros(as) leitores(as), qual seria sua opção: SABER OU NÃO SABER? Comentários, fuxicos, boatos, vida alheia desperta muita curiosidade. E tudo isso cresce numa dimensão incontrolável, astronômica. Não tem nem como dimensionar. Depois que a primeira pessoa conta, a notícia cria asas, literalmente. Como vocês já sabem, gosto de ouvir histórias contadas e/ou inventadas. Recentemente, ao saber de uma delas, perdi o sono. Se você quiser continuar a ler esta crônica, continue, mas de maneira nenhuma poderei contar-lhe o que me fora repassado, sob o risco de receber uma severa punição. E, por falar em punição, essa sempre resulta em dissabores, seja nos grupos organizados formalmente ou em outros que se formam à margem da sociedade. Em relação a esses últimos, foi divulgado que se algum boato (a popular fofoca), for disseminado no meio deles e se for identificada a autoria ou ainda ser alguém, principalmente mulheres, flagrado em roda de conversa tocando em assunto não autorizado, o castigo será perder os cabelos e ainda levar cinquenta chineladas. Apesar de toda vigilância, não se prende uma fofoca por muito tempo. Voltando à temática que motivou este texto, o que me contaram, prefiro calar. Nem sob tortura, revelo. No entanto, analiso, sob outro prisma, os personagens da história contada. Como vivem uma vida falsa! Não sei se por ingenuidade. Não sei se por excesso de apego ou autoestima. A situação revela dois seres infelizes e que estão a fazer seu entorno bem contaminado de mentiras e enganação. Fico mesmo a imaginar quem engabela quem... a primeira impressão é a de que a parte mais afetada seja a que mais demonstra amor, dependência emocional, sem demonstrar interesse em se safar do imbróglio a que tão ingenuamente fora inserida. Em relação a outra parte, o engano é duplamente verificado, ou seja, ele(ela) pensa que está enganando o(a) outro (a), quando na realidade está enganando muito mais a si próprio(a). Vou parar por aqui. Não quero mais pensar neste assunto que me tirou uma noite de sono. Quando tocarem novamente neste assunto ou as personagens acordarem do pesadelo em que vivem, fingirei total desconhecimento. Afinal, gosto muito de ter cabelos e não lembro de ter recebido chineladas em nenhum momento da vida. Não vai ser agora que isso vai acontecer. Silenciamos, pois!